Muitos são os desafios que se colocam às Bibliotecas Públicas, pela transversalidade de ação destes equipamentos culturais, nomeadamente sociais, pedagógicos e culturais. Por um lado, as Bibliotecas Públicas são serviços fundamentais para a democratização do acesso à informação e ao conhecimento; por outro, ocupam um lugar de relevo na facilitação do desenvolvimento de competências no âmbito das múltiplas literacias.

No contexto atual, as Bibliotecas Públicas emergem com um papel preponderante no âmbito do cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que definem as prioridades e aspirações globais para 2030 e requerem uma ação à escala mundial (…) para erradicar a pobreza e criar uma vida com dignidade e oportunidades para todos (…).

Garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos, transforma as Bibliotecas em espaços únicos na esfera pública, onde se dá voz às minorias, sendo, assim, agentes ativos na resolução de problemas sociais, contribuindo para a erradicação da pobreza, para a redução de desigualdades, para o aumento de uma educação de qualidade, para a construção de comunidades e cidades mais sustentáveis e inclusivas.

Durante a fase de isolamento social provocada pela Covid-19, a cultura assumiu um papel fundamental, tendo sido sentida e vivida como fonte de alegria, reflexão e aproximação, alimentando a esperança da humanidade.

As Bibliotecas tiveram um lugar central neste contexto e a III Conferência Internacional [Re]Pensar a Biblioteca Pública, promovida pela CIM Região de Aveiro, pretende refletir sobre o papel das Bibliotecas num desafiante mundo novo que designamos como o novo normal.